Amieiro
Alnus glutinosa (L.) Gaestner
30º Aniversário da Associação PATO
O Amieiro é uma espécie ripícola que pertence à família das bétulas, que pode atingir a atura máxima de 30m e aos 150 anos de idade. A sua distribuição vai desde o norte, centro e sul da Europa, noroeste da África e Ásia. Encontra-se em quase todo o território português. As folhas desta arvore são do tipo caduca, simples, alternas, obovadas a suborbiculares, obtusas, truncadas ou retusas, duplamente dentadas, até 14cm com 5-8 pares de nervuras, glabras na página superior e, na inferior com tufos de pelos amarelados nas axilas das nervuras. |
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Propaga-se por semente, por estaca ou por mergulhia, também rebenta bem pela touça, mas nunca pela raiz. Desde que as suas raízes estejam em contato direto com um lençol de água pouco profundo, esta desenvolve-se rápida e vigorosamente.
A floração acontece entre Fevereiro e Junho, e a maturação dos frutos ocorre entre Setembro e Novembro. A estrutura reprodutiva desta árvore é constituída por flores masculinas agrupadas em amentos com 3-7,5cm, acastanhados, e flores femininas agrupadas em amentos estrobiliformes. Ambas as inflorescências em grupos de 3-5; frutos aquénios planos, bialados, muito pequenos, em frutificações estrobiliformes (1-2,5cm de comprimento e até 1,2cm de diâmetro) com escamas lenhosas, inicialmente verdes, depois negro-acastanhadas, com pedúnculos de 0,5-1mm de diâmetro.
O Amieiro é uma árvore muito exigente em água, habitando principalmente na margem de cursos de água, zonas alagadas e húmidas. Assume um papel fundamental na consolidação e manutenção das margens de rios e ribeiras. Suporta grandes variações de temperatura (-30ºC a 40ºC) e é bastante tolerante a ventos fortes. Devido à relação da planta com certos organismos do solo, é capaz de fixar azoto atmosférico, sendo uma árvore que enriquece o solo em nutrientes e têm ainda a capacidade de se desenvolver em solos quase sem matéria orgânica.
Os bosques de amieiros são considerados um habitat prioritário que servem de abrigo e alimento a muitas espécies de insetos e de pequenos pássaros.
Fonte: www.florestar.net/amieiro/amieiro.html
O “Amieiro do Patalugo”
O “Amieiro do Patalugo” é uma árvore centenária classificado como “ árvore de utilidade publica a nível nacional”, situada no Patalugo, na freguesia de Salir de Matos. É única da sua espécie naquela região, e têm um porte de 16m de altura e um diâmetro médio de copa de cerca de 15 m. Conta-se, que a mesma foi mandada plantar ali naquele local pelos Frades de Alcobaça, em tempos antigos, em que aquelas terras lhes pertenciam. No início, o “Amieiro do Patalugo” era único e não dava rebentos, possivelmente pelo seu isolamento a outras árvores da mesma espécie, verificando-se que as suas sementes estéreis. Entusiasta com a sua árvore, o Srº José Inácio Sobrinho terá adquirido dois novos e jovens amieiros, e plantou-os junto do seu grande “Amieiro do Patalugo”. Desde então, as sementes deixaram de ser estéreis, e todos os anos crescem novos amieiros espontâneos.
O Amieiro Comemorativo do 30º Aniversário da Associação de Defesa do Paul de Tornada - PATO
Pelas suas qualidades distintas ao habitat a que se destina, mas também pela história da árvore que a originou, o Amieiro foi a árvore simbólica, escolhida para a plantação comemorativa do 30º Aniversário da Associação de Defesa do Paul de Tornada – PATO. O Amieiro hoje plantado no Paul de Tornada, é hoje um pequeno e frágil rebento, que um dia será tão grande e estável como a árvore que lhe deu origem, o “Amieiro do Patalugo”. Esta é a árvore comemorativa do 30º aniversário da Associação de Defesa do Paul de Tornada – PATO, plantada por sócios e amigos que se juntaram neste dia tão especial! |
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